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quinta-feira, outubro 28, 2004

Rocco Buttiglione 

Toda a polémica instalada à volta da nomeação do comissário transalpino, radica numa já conhecida questão que já aqui abordamos, aquando da não inclusão da tradição cristã na Constituição Europeia: o actual "euro politicamente correcto".
A mentalidade "anacleta" reinante por essa Europa fora é por demais bizarra. Das já famigeradas declarações de Buttiglione não se poderiam esperar quaisquer outras reacções. Se tivessemos um proto-comissário a afirmar que Estaline afinal não foi um cruel e vil assassino, que em vez de deportações em massa, procedeu a uma reorganização das estruturas geo-socio-profissionais do país, no máximo isto seria uma nota de rodapé em qualquer noticiário.
Mas exprimir publicamente os valores morais cristãos em que acredita - concorde-se ou não -já é um crime de lesa majestade. Exige-se à extrema direita aquilo que nunca se exigiu à extrema esquerda. Note-se que partidos fascistas em Portugal não existem e mesmo na Europa os que existem são vistos como "papões". E todos os partidos comunistas que sobrevivem por essa Europa fora, uns mais fiéis aos princípios marxistas-leninistas (como o português) e outros mais bem camuflados, mas cuja génese é idêntica (leia-se Bloco de Esquerda)? Pois bem, a alguém choca as alianças do Partido Socialista com o Partido Comunista português? Alguém se interroga quais são os valores que inspiram os combates da esquerda caviar e clorofila? É que é essa mentalidade de uma "nouvelle gauche" que, dissimuladamente, inquina a percepção dominante dos valores políticos actuais. Tolerando tudo o que seja laico, republicano e socialista e ostracizando a mais leve incursão moralizante ou religiosa.
Haja coerência:os arautos da "não discriminação", são os primeiros a irradicarem e a não tolerarem uma opinião contrária: que grandeza!!! E é esta gente que nunca discrimina, que gosta da diferença!!!Porquê? porque como se julga a vanguarda toma-se como a verdadeira diferença, instrumentalizando-a e reduzindo-a a uma característica própria. E nunca a assumindo como o valor absoluto que é!!!

A bomba 

Não sei se as declarações de Marcelo Rebelo de Sousa são a Verdade. Agora... que ninguém sai deste folhetim ileso...isso não!!!
Desde logo há alguns factos com relevo para uma boa apreciação da causa:
- a plausibilidade dos factos carreados por Marcelo;
- o detalhe espontâneo nas declarações;
- o carácter informal e "familiar" da conversa entre Marcelo e Paes do Amaral (são cunhados de facto);
- a incomodidade de Paes do Amaral às perguntas - bem independentes diga-se - de Pedro Pinto na TVI;
- o espírito maquievelico de Marcelo;
- as ligações empresariais da Cabovisão - grupo PT - com a TVI;
- as pouco edificantes declarações do acéfalo Rui Gomes da Silva;
Quanto ao Facto - a conversa havida- temos pois que existem duas versões: paradoxais! Que, desta feita, se descredibilizam mutuamente.
Porém, na história, como na política, como na comunicação social "à mulher de César, não basta sê-lo, é preciso parecê-lo", aforismo que inquina, de forma indelével, toda a análise sobre o "affaire" Marcelo. E ninguém aqui parece ser "sério"!!!
O anátema da desconfiança recai, como uma mácula, sobre os diversos actores.
De tudo ressalta, à saciedade, uma conclusão: Marcelo quiz retirar dividendos políticos, ao sair no momento em que mais mossa poderia provocar ao Governo. Apercebendo-se da falta do "calo democrático" do Primeiro-Ministro, apostou num reiterado ataque...e conseguiu os seus intentos. Parece estar mesmo a dizer : "vêm como tenho razão". Ao que acresce uma comunicação social sempre ávida de escândalo, o laço está feito. E temos o Primeiro-Ministro bem empacotado...!
E é ele o único culpado...vítima da avidez controleira voluntarista de um qualquer cacique, Santana escorregou na casca da banana. E caiu.


quarta-feira, outubro 27, 2004

1º Aniversário 



Nem Marilyn... nem bolo... mas aqui o GLOSAS faz hoje o seu singelo primeiro aniversário.
Umas vezes assíduo, outras nem tanto... o Glosas percorreu este ano em que muitas coisas foram ditas, mas muitas, muitas mais ficaram por dizer...! Porém, sempre fiel ao espírito com que foi concebido: um espaço pessoal de reflexão, umas vezes mais intimista outras vezes mais generalista.
Um reconhecido agradecimento a todos quanto acompanharam este blog: bem hajam !!!
A todos obrigado:
Lápis de Cor
Nortadas
O Vilacondense
Ouriço Cacheiro
Vila do Conde Quasi Diário

segunda-feira, outubro 25, 2004

Obras??? 

Eis o prédio da Louis Vuitton, de Paris, em obras...e muito bem emalado!!!
Imagine-se se a moda pega...! É só "nível"...!




domingo, outubro 24, 2004

A "cruz" de Carlos 

Ele é na televisão, ele é nos jornais, ele é nas revistas...o homem está em todo lado. A operação Skip, já havia começado,ainda não está em velocidade de cruzeiro mas lá chegará. Quando? Claro...durante a fase de julgamento!!! Aliás, a "coincidência" é tanta que o livro de Carlos Cruz será dado à estampa alguns dias antes de se sentar no banco dos réus. Como bem explica na sua entrvista ao Público: "Se este livro pode ser eventualmente interpretado como estratégia para o julgamento que vem aí, eu peço aos juízes do meu julgamento que não o leiam. Façam-me esse favor". Uma verdadeira pérola...!

O posicionamento 

Cirurgicamente, Cavaco vai delimitando o seu terreno, mesmo sendo politicamente incorrecto. Coerentemente.

quinta-feira, outubro 14, 2004

Os tempos... 

"Estão podres as palavras..."

Estão podres as palavras - de passarem
por sórdidas mentiras de canalhas
que as usam ao revés como o carácter deles.
E podres de sonâmbulos os povos
ante a maldade à solta que vivem
a paz quotidiana da injustiça.
Usá-las puras - como serão puras,
se caem no silêncio em que os mais puros
não sabem já onde a limpeza acaba
e a corrupção começa? Como serão puras
se logo a infâmia as cobre de seu cuspo?
Estão podres: e com elas apodrece o mundo
e se dissolve em lama a criação do homem
que só persiste em todos livremente
onde as palavras fiquem como torres
erguidas, sexo de homens entre céu e terra.

Jorge de Sena, Poesia III

sábado, outubro 09, 2004

Ponto da situação: 

José Eduardo Moniz, director-geral da TVI, com as suas últimas declarações teve um efeito devastador ao contrário, isto é, trocado em miúdos, lançou um balde de água fria sobre o folhetim do momento. Afinal "Seremos amanhã o que fomos ontem e o que somos hoje. Intransigentes com a verdade, determinados nos critérios, indiferentes às pressões, distanciados em relação aos diversos poderes e grupos de influência, livres nas opiniões". Tudo isto temperado com um elogio sem par ao amigo Marcelo.
Donde, renega qualquer acusação, qualquer suspeita ou anátema. Peremptoriamente.
O Presidente da República, violando a regra de não falar de casa no estrangeiro, veio dizer que exerceu um "mecanismo de vigilância" e propôs uma entidade reguladora.
O P.S.D. opôs-se a ouvir Marcelo por uma comissão de inquérito.
Santana falará segunda-feira.
E Marcelo: "o silêncio é uma forma de falar" dixit .
Tal como já aqui havia dito, é preciso que a névoa se dissipe, o pó assente, e, talvez, surgirá algo palpável. Marcelo tem a obrigação - moral até - de se explicar. Pela única razão de, infelizmente, o país estar em suspense por novela mexicana.
Parece, desde já, que toda a gente se precipitou. Desde logo porque a oposição - que nunca teceu um dedal de elogio a Marcelo - no afã de apontar as baionetas e disparar sobre o Governo, imula o distinto comentador na fogueira do oportunismo político rasca. O chorrilho de acusações baseadas não em factos mas em meras suposições, demonstra, à saciedade, as intenções pouco ingénuas e nada literais de quem os emitiu.
É que uma abordagem séria desta matéria nunca pode colocar a questão no ser mas no poder ser : como bem o fez Cavaco.
Esperemos, pois, o que virá...!

quinta-feira, outubro 07, 2004

A propósito do Código Da Vinci... 

Um dos livros do ano, é (para o bem e para o mal) o "Código Da Vinci". O segredo do sucesso reside numa descrição visualmente poderosa e sedutora, fruto da omnisciência dos lugares aí retratados. A que acresce uma história cheia de ingredientes místicos e misteriosos, cuja penetrabilidade no mundo real, potencia uma aureola de fascínio. Não é, seguramente, uma obra de Literatura, mas não deixa de ser uma história muito bem contada.
À sua volta, cresceram que nem tortulhos e oportunisticamente, uma série de obras pré e pós "Código Da Vinci". Nenhuma delas lançando luz na ficção, mas adensando os mistérios aí explorados.
Mistérios esses que não andam só por França, Inglaterra, Itália ou Israel, mas também por cá!!! Em Portugal, é curioso, a Ordem dos Templários, extinta em 1312 - pedra angular dos mitos danbrownianos - foi reciclada e, assim nasceu, a Ordem de Cristo(1317). Graças à diplomacia do rei poeta D. Dinis com o papado (através da bula Ad ea ex quibus, de 14 de Março de 1319), a influentíssima ordem religiosa-militar, resistiu , aqui, no rosto da Europa (o olhar que fita o Ocidente é Portugal, como escreveu Pessoa na sua "Mensagem"). De resto, o grande impulsionador da expansão marítima, o Infante D. Henrique, foi o Grão-Mestre da Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo (que depois passou para as mãos do seu sobrinho, D. Fernando). Note-se que, Portugal, em quatrocentos e quinhentos, estava na vanguarda do seu tempo...! Será que tal sucesso estaria relacionado com o facto de Portugal ter sido a única nação europeia a não ter extinto - sem mais - a antiga Ordem dos Templários (com excepção da Escócia). É que, note-se, a cruz que desfraldava ao vento,levando as caravelas a dar novos mundos ao Mundo era, precisamente, a cruz quadrada dos Templários. Bem como era ostentada nos conhecidos "padrões" que, qual marcos, exibiam as armas do reino e "registavam" a propriedade das terras descobertas.
Pois bem, nada disto é novidade. Já foi muito glosada a questão dos Templários em Portugal.
Tudo isto a propósito de uma obra, séria, estribada em factos. E que tenta entrar nos meandros das lendas e dos mitos e, temerariamente, levantar o véu de muitos mistérios.
Paulo Pereira, historiador, coordenou e deu à estampa uma obra curiosíssima em oito volumes : "ENIGMAS - Lugares mágicos de Portugal". E um dos volumes tem como subtítulo precisamente :"Templários e Templarismos".



Prof. Marcelo Rebelo de Sousa 

Sempre achei discutível o modelo de comentário político do Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, muito, mesmo muito discutível.
Apesar de ele assumir as suas intervenções de Domingo à noite (leitão incluído) como um espaço pessoal e pessoalizado, o alcance que conscientemente sabe terem as suas afirmações, ultrapassa, e muito, a boa fé que quer fazer passar. Genialmente, conseguiu transformar o mero comentário político, num verdadeiro conselho político televisivo, onde as suas opiniões atingem foros de avisada e prudente verdade. E isto é mais do que duvidoso.
Contudo, o que faz é perfeitamente admissível. Legalmente falando. E mau fora se assim não fosse.
Donde, a atitude de Rui Gomes Silva, já mais do que escalpelizada por toda a blogosfera e demais media, ser inadmissível. Até aqui tudo bem.
Agora, diz-se que Marcelo não se demitiu, mas que foi "seduzido" a tal por pressões governativas. Pais do Amaral, nega tais acusações. Quem fala verdade?
Em que ficamos? Esta é a dúvida que, esperemos, se dissipe nos próximos tempos. Se não todos os actores desta ópera bufa, saiem, indelevelmente, maculados. Marcelo, o manipulador, Pedro Santana Lopes, o mandante, Rui Gomes Silva, o carrasco e Pais do Amaral, o vendido.


A lei da rolha 

Eis os "factos":
- Ó Rui, esta matraca falante não se cala...!
- Ó Pedro, isto é demais. Temos de fazer algo...Afinal ninguém o contradita.
- Ele tem um problema comigo...! Afinal quando era eu na TV com o Sócrates, a Alta Autoridade veio dizer que não havia defesa da pluralidade e que não se dava voz às outras forças partidárias...!
- Tens razão...!
- Pois é, e agora este nem sequer tem interlocutor e ninguém diz nada... é uma injustiça.
Em uníssono:
- Basta!!!


N.B. : Qualquer semelhança com factos reais é pura coincidência.

quarta-feira, outubro 06, 2004

POLÓNIA 



A Polónia é um belo país à beira-mar plantado, cuja capital é Varsóvia. Os seus habitantes, um bocado trengos, são os polacos. Viveram sob uma ditadura durante muitos anos, e talvez por isso tenham comportamentos muito peculiares.
Os polacos são pessoas que não gostam de convidar os vizinhos para jantar, preferem viver no seu mundinho, acreditando em coisas que já ninguém acredita. São por isso muito fechados e pouco sociáveis, também por estarem cientes que as suas conversas não têm o nível das conversas dos outros. Mas eles, coitados, não têm culpa. O Pacto de Varsóvia e os tempos da ditadura comunista são álibis bastante fortes para os contrariarmos. Temos que os respeitar, não foram momentos fáceis. Devido à má governação do seu antigo regime, ainda há muitas coisas na Polónia em péssimo estado, que chegam a ter um cheiro defecante. O mar da Polónia, situado a norte, não é como o nosso, a água é gelada e não nos diz nada. Além disso os seus edifícios são demasiado altos e volumosos, feitos à pressa e com uma arquitectura horrível.
Mas também não podemos criticar este país por tudo e por nada, até há polacos com obras interessantes, como Karol Wojtila ou Chopin, mas todos eles só tiveram sucesso porque fugiram a sete pés da sua terra natal.

ABV – Associação de Blogues Vilacondenses
Dupont&Dupond
Eduardo A. Silva
João Paulo Menezes
Miguel Torres
Six
Daniel

terça-feira, outubro 05, 2004

República 



A 5 de Outubro de 1910 instaurava-se, em Portugal, o novo regime. A Monarquia caía, vítima de vicíos velhos, acusada dos males do reino, desde o Ultimatum britânico, ao desemprego, à miséria, aos gastos exorbitantes da corte, à falta de instrução escolar, ao atraso estrutural e atávico português. Enfim, mutatis mutandis, quase os mesmos males que hoje se acusa o Governo, este ou qualquer outro que por lá passe. O problema reside a montante, é uma questão Cultural. E é por isso, que a República, não veio resolver nenhum problema a si pretérito (com excepção feita no que tange à Educação, onde a I República teve um papel de relevo). Pelo contrário, afundou o país, levando-o a um caos tal que desembocou no Estado Novo, às mãos daquele que seria o Presidente do Conselho por mais de 40 anos, António de Oliveira Salazar.
Porém, o que me leva a escrever estas palavras é o novo museu inaugurado pelo Presidente da República Jorge Sampaio: o Museu da República. A ideia é meritória. É bem certo que convém não esquecer o passado e homenagear aqueles que de forma honesta e sincera, lutaram por aquilo que consideravam ser mais justo. Tal foi o caso dos artífices da I República, como Teófilo Braga, que desempenhou as funções de Presidente do Governo Provisório, após o 5 de Outubro.
Todavia, apesar das suas boas intenções, os representantes nova república portuguesa, resolveram usar os bens da monarquia. Em entrevista à Ilustração Portuguesa publicada a 24 de Outubro de 1910, realizada na sala do Conselho de Estado do Palácio de Belém, por Rocha Martins, o Dr. Teófilo Braga, interrogado acerca do futuro diz: "Existirá um palácio como a Casa Branca da América do Norte e ali irá o presidente que terá a sua residência particular[...]". "Temos muita coisa para resolver[...]", "somos do povo e como ele devemos viver!".
Teófilo Braga, de imediato, utilizou o Palácio de Belém para receber certas individualidadas e assinar documentos. Começou logo o Palácio a ser a morada de cerimónia dos presidentes da república portuguesa tendo aí, aliás, Manuel de Arriaga celebrado o casamento de sua filha.
Já o Palácio da Ajuda, onde tomam posse os membros do Governo, é onde a República oferece os seus mais opíparos banquetes.
Ora, não seria mais consentâneo - tal como o próprio Teófilo Braga havia referido - que se fizesse um pálácio tipo Casa Branca. É que a Casa Branca foi mandada erigir por George Washington - que nunca lá residiu - ex novo, ou seja, não era nenhum edifício do tempo colonial.
Melhor fora que por cá tivessem feito o mesmo. Aliás o tal Museu fica também no Palácio de Belém. Ora, é pena que a República tenha usurpado espaços que foram da Monarquia. Por simples coerência. É que o Palácio de Belém foi residência oficial dos Reis de Portugal. Nomeadamente, D. Carlos e D. Amélia aí viveram desde o seu casamento. E o fausto da corte era, repito, um dos estandartes da cruzada republicana.
A construção de espaços novos inspirados na matriz republicana seria algo muito mais congruente e feliz. Cerca de 800 anos de Monarquia não podem ser assim apagados, como se fossem 80.
Os espaços da Monarquia deveriam ser res-publica, no seu sentido mais literal. Deveriam ser dados ao povo, para fins museológicos, entre outros. Nunca de uso institucional republicano. A bem da coerência.
Na verdade, já quase 100 anos se passaram sobre o regicídio - 1908 - e sobre a instauração da República, porém, como nos quer fazer lembrar, meritoriamente, o nosso Presidente, é preciso não esquecer. Já agora, convinha não apagarmos a memória dos lugares!!! É que também falam...!

PARABÉNS 

Ao Dupond & Dupont, pela perspicaz ironia, pelo humor, pela intervenção política local, pela versatilidade, pela assiduidade. Não senhor...não são como os clones do Hergé que só se repetem... e diria mais...complementam-se muito melhor. Felicidades!!!

PARABÉNS 

Ao Lápis de Cor, pelo primeiro aniversário. Um blog incontornável e de referência na blogosfera "bileira" e nacional. Feito entre os E.U.A. e Portugal, o Atlântico inspira-o nas suas travessias. Versátil, inteligente e sobretudo...amigo! Que o primeiro aniversário seja o prefácio de muitos mais.

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